quinta-feira, 14 de junho de 2012

Dar


Quero dar no florescer da noite sombria
Quando as flores da madrugada gemem de carência
E sentir um corpo quente jogado em minha cama
Ao me jogar por cima dele, languido e transparente.
Quero celebrar cavalgando a chegada das nuvens rosadas
Me entrelaçar nas suas pernas como se quisesse ser aprisionado
Beber dos seus lábios o sabor de um beijo selvagem, gemido e cansado.
Quero mostrar meu corpo de forma vulgar
Quero ver minhas roupas em farrapos no chão
A agressividade de seus movimentos intensificando o meu desejo
Sentir-me-ia preenchido pela sua rigidez e pressa
De forma a cair em minha cama enquanto você me junta
E vai me guiando a um movimento novo
Estou dominado pela sua força e forçado pela sua tara...
E segurando com força na cabeceira da cama começo a gritar em silencio
A chamar seu nome e implorar por mais
Mais força, mais firme, eu preciso sentir você.
Me arranha como se eu fosse uma canção desafinada
E saboreie um pouco mais a minha pele
Sussurre besteiras em meu ouvido, me puxe pelo cabelo.
Não pare de testar minha vontade, venha com tudo.
Faça daquele jeito em que piro, e me apaixono,
Pode me derrubar no chão.
E não pergunte novamente, pois sim, eu quero dar.

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Abaixo da Auréola

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A fonte de inspiração que sobrevive aos borrões da cor, a lua que não encontra o sol e mesmo assim depende dele pra se manter clara,a alegria de um poeta ao ver a flor que molda as mais belas palavras e as sintoniza, criteriosamente, para que os admiradores sufoquem-se de beleza, inspirem-se e sonhem, cada dia, mais e mais, eu sou o portador da beleza que há nas palavras.