domingo, 11 de março de 2012

Ela (É a mulher de todas as minhas vidas)

*Poema em Homenagem ao dia da Mulher


Ela é forte, eu fui fortalecido.
Ela é bela, eu sou arrumadinho.
Ela é humana, eu sou humanizado.
Ela é real, eu sou uma criação dela.
Ela é preciosa, eu sou um ouro de tolo.
Ela é o arco-íris, eu sou a chuva.
Ela é responsável, eu faço as coisas certas.
Ela é sensível, e eu emotivo.
Ela é racional, e eu penso no melhor pra mim.
Ela é verdadeira, e eu simplesmente sincero.
Ela é comunicativa, eu falo pelos cotovelos.
Ela faz as qualidades se sobressaírem, eu sou traído por meus defeitos.
Ela gosta de tudo o que cuida, eu só cuido daquilo que gosto
Ela ama a vida, eu amo viver.
Ela é solidaria, eu dou esmola por estar com pressa.
Ela vê além dos olhos e eu mal vejo os olhos dela
Ela adivinha os meus pensamentos e eu só faço o que ela fala.
Ela inspira a minha arte, a minha arte morre de inveja dela.
Ela dá sabor a tudo o que toca, eu toco em tudo o que tem sabor.
Ela dorme em menos da metade da cama e eu ainda invado o espaço dela
Ela mantem todas as coisa em seu lugar, eu arrumo num lugar coisas que não mantenho.
Ela se move, se encaixando em meu mundo, ela me faz sorrir, me faz seguro e me acarinha.
Às vezes tudo o que eu quero é que ela se cale, me deixe em paz e não me irrite.
O que eu não posso enxergar é que ela, só ela, somente ela e mais ninguém.
É que sabe me completar como se fosse o coringa do meu jogo
Como se ela fosse rima pra esse poema
Ela amarra meus sonhos como uma corrente de sensibilidade.
Eu só tenho a luz quando ela traz.
Ela é a mulher da minha vida
E a minha vida esperou por essa mulher por todas as minhas vidas.

Eu quem sou?


Eu sou a poesia do orvalho que desliza na folha
Cai e se quebra sendo sugada pelo chão alheio
Sou a agressividade da gota de chuva bombardeando a terra
Sou a fragilidade de um dragão ferido, a suavidade da aspereza.
Sou o grão de areia que incomoda o gigante
Sou a força da formiga, a salvação dos inocentes.
A pedra que rola uma montanha e atravanca seu caminho.
Eu sou a solidão da multidão na chuva.
Do carnaval, eu surjo na quarta em cinzas.
Renasço na quinta, pronto pra batalha.
Eu sou a sensibilidade dos fortes, a ira dos fracos.
O desejo incompreendido dos desamados.
Eu sou o resgate dos desaparecidos e o abraço de aconchego
Eu sou a frieza da falta de carinho
Um dia eu quis ser amado, mas hoje eu me dedico em ser amável.

quinta-feira, 1 de março de 2012

Oração das rosas


Pai, obrigado pela generosidade tua.
Tão bela quanto à da Natureza
Que faz com que a dedicação a uma roseira
Faça-nos vibrar com sua beleza
E que a inspiração nossa de cada dia
Maior que a ira irresponsável do ciúme
Permita-nos sentir enquanto podemos
Das rosas o mais inspirador perfume
E os espinhos que a roseira coleciona
Tentativa de proteção contra malfeitores
Não afaste a mão delicada do breve poeta
Que também se protege dos ruins amores
E que as folhas que o vento forte e pálido
Teima em querer ao chão sofrido derrubar
Não percam a capacidade de gerar vida
E deixe o terreno dos sonhos sem adubar
E suas raízes de onde tira da terra sustento
Onde desejos enterrados encontram abrigo
Sejam sempre profundas, ramificadas e densas.
E proteja toda a alma ferida de maior perigo.
E quando não puder mais da terra e água
Conseguir o suficiente para sobreviver
Secarei apenas uma rosa em meu livro de poesia
E nunca mais da sua generosidade irei esquecer
Porque enquanto estiver serena em meu quintal
Roseira que sobreviveu a todo o meu desencanto
Lembrar-me-ei de quando não me dediquei a ti
E enquanto eu sofria, regava-lhe com meu pranto.
E ao Pai que ainda me ouve nesse instante eterno
E que reconstruiu meu coração antes em pedaços
Que dê a essa rosa que lhe ofereço destino certo
É a minha única forma de estar em dois espaços...

Á prova de balas


Quisera eu não ser tão profundo
Não ser o cara mais lindo do mundo
E de quebra não seria um vencedor
Queria ter pertencido a mais amores
E se não fosse composto de tantas cores
Não seria do mundo imaginário o criador

E não tivesse tantos sonhos desenhados
Não fosse cercado de magia pelos lados
Não tivesse em mim esse gênio genial
Se eu não tivesse tempo pra vida
Se minha poesia jamais fosse lida
Eu nem seria assim tão especial

Mas e se não tivesse sorrido tanto
Se não quebrasse todo o encanto
Na busca pelo real que tanto falas
Eu não teria sofrido tanto de amor
Não teria sobrevivido a toda a dor
E percebido que não sou á prova de balas.

Abaixo da Auréola

Minha foto
A fonte de inspiração que sobrevive aos borrões da cor, a lua que não encontra o sol e mesmo assim depende dele pra se manter clara,a alegria de um poeta ao ver a flor que molda as mais belas palavras e as sintoniza, criteriosamente, para que os admiradores sufoquem-se de beleza, inspirem-se e sonhem, cada dia, mais e mais, eu sou o portador da beleza que há nas palavras.