Eu sou a poesia do orvalho que desliza na folha
Cai e se quebra sendo sugada pelo chão alheio
Sou a agressividade da gota de chuva bombardeando a terra
Sou a fragilidade de um dragão ferido, a suavidade da
aspereza.
Sou o grão de areia que incomoda o gigante
Sou a força da formiga, a salvação dos inocentes.
A pedra que rola uma montanha e atravanca seu caminho.
Eu sou a solidão da multidão na chuva.
Do carnaval, eu surjo na quarta em cinzas.
Renasço na quinta, pronto pra batalha.
Eu sou a sensibilidade dos fortes, a ira dos fracos.
O desejo incompreendido dos desamados.
Eu sou o resgate dos desaparecidos e o abraço de aconchego
Eu sou a frieza da falta de carinho
Um dia eu quis ser amado, mas hoje eu me dedico em ser
amável.
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