segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Memória

Encontrar seu livro de memórias
Pra ver se fui mesmo apagado dos seus sonhos.
Um lugar onde sucumbiu os desejos.
Algum lugar sombrio da sua alma onde adormecido, alimento meus sonhos com sua voz.
Tento identificar em seu olhar algo que sobrou de mim, em vão.
Não sei o lugar que ocupo em sua memória.
E não sei não pensar que haja algo de mim guardado aí.
Talvez, as vezes, ainda haja um pouco da minha ingenuidade nos seus pensamentos.
Talvez me veja caminhar em direção ao seu abraço, mas talvez prefira ver-me se afastar dos seus braços, fugindo.
Talvez, às vezes, se lembre que me amou, mesmo que por alguns minutos.
Às vezes eu queria me apagar da sua memória, pra quem sabe, algum dia, poder me desenhar novamente.
Já que em minha memória é, como se você sempre estivesse estado, como se esse amor ja tivesse nascido comigo.
Como se cada gesto seu, fosse um respirar meu.
Como se seus passos pudessem mover meu mundo.
Te amar nunca foi uma escolha.
Tentar te esquecer, foi como tentar perder a memória.
E te ver,
Te ver é como fugir de tudo o que sou.
Só pra não dizer que te amo.

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Abaixo da Auréola

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A fonte de inspiração que sobrevive aos borrões da cor, a lua que não encontra o sol e mesmo assim depende dele pra se manter clara,a alegria de um poeta ao ver a flor que molda as mais belas palavras e as sintoniza, criteriosamente, para que os admiradores sufoquem-se de beleza, inspirem-se e sonhem, cada dia, mais e mais, eu sou o portador da beleza que há nas palavras.